...No princípio era o Verbo...
sábado, 22 de outubro de 2011
Texto sem nome do dia 17 de Abril de 2011
Textos sem nome do dia 4 de Março de 2011
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Jardim de Infância Éden
vernissage
domingo, 18 de setembro de 2011
...
Tão vazia. Tão pálida. Tão sem vida.
Tão distante. Tão partida (ao ½)
Tão espalhada (por aí). Tão desmedida. Tão sem noção.
Tão cada um dos 6 mil pedaços seus esquecidos pelo chão.
Tão desmotivada. Tão deixada (de lado e de 4)
Tão crítica. Tão perversa. Luiza, cobrindo os rastros de sua insatisfação. Pra lá e pra cá puxando em um carrinho uma pilha de razões e adjetivos que nem ela sabia mais que ali estavam. Luiza com setas de fluxograma, marcação de mudança. Luiza trazendo e/ou destruindo móveis. Luiza e um piano antigo que ninguém sabe como toca. E um monte de objetos sem sentido povoando o ambiente. Luiza e índios conversando. Luiza também sem sentido algum. Sem sentido de direção algum.
Luiza e um território mental cheio de troços e florestas temperadas, e coordenadas geográficas abstratas,
se orgulha tanto do seu caos – não consegue encará-lo
reclama tanto da indisciplina – não consegue não viver esse pânico de artista, de ser vivente, auto-consciente e auto-projetista
- não consegue apagar essa brasa queima viva no peito, perene também sob seus pés.
Quanto mais assopra mais arde mais ela cora, a brasa, mais esgarça o tecido da sola, dos seus pés.
Queria ela ter nascido com uma casca mais dura. Um interior menos mula. Queria acordar descobrir-se outra, trocada por alguém de vida boa. Luiza. Não sabe onde bota todas as coisas que tira de dentro de si. Luiza que quer tirar os órgãos inclusive, quer se retirar inteira de dentro, quer tirar a cavidade torácica, onde ela respira mas onde também acontece a falta de ar. Deseja matar o desejo. Luiza estranha-se a cada olhar. Não admite que é, sim, outra, estranhando-se, mas continua procurando uma máscara pra se identificar. Uma máscara que sirva bem no seu desconforto, que o deixe dormir (um pouco). Está cansada de mostrar como está cansada, e todos terem que lidar com isso.
Luiza é um desenho que se apaga ao final do traço,
É um frio chato que dá por debaixo do casaco
- o frio que não perdoa nem o rosto – que está aberto, escancarado e exposto ao vento frio, ao seu descaso – Luiza.
Uma tentativa de não ser clichê e uma mania de querer ser sempre óbvia.
Um paradoxo que não se resolve nem mesmo desce bem pra prosa.
Luiza termina não rimando.
FIM
domingo, 28 de agosto de 2011
MANI
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
sábado, 6 de agosto de 2011
sofá vermelho
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Chat Tudo
sábado, 30 de julho de 2011
Kaliyuga
sábado, 16 de julho de 2011
acorda a negligência que a hora já passou
em tempo
sexta-feira, 1 de julho de 2011
buraco no espaço
quarta-feira, 29 de junho de 2011
desperdicite
me cansa tanto
3 litros de um líquido tão precioso
fora
meu arcano, meu amor de poetisa e de prosa
meu lirismo meu
vinho tinto
quero que o senhor leve de volta
pra lavar
sua palavra suja
seca, presa na garganta
seu galanteio mais que barato
um gemido obediente sem recheio!
e tão de tudo em torno e tão fácil quanto o dia, que nasce para todos
mas ao se pôr não pisca pra ninguém:
és vósmicê uma pausa do discurso,
barato como capim!
não diz nada seu abraço, seu agrado,
não tem nada pra dizer!
seu 'sim' quieu tanto trabalhei pra ouvir
é acontecido no vácuo e ninguém nunca soube mesmo se tinha sido isso
ou se tinha sido o contrário
o que você disse pra mim
a conveniência cartilha pra chegar perto de você me fere os passos
(e o espaço)
me racha
minha euforia infantil
se propondo à triste marcha
de comprar doces fiados na padaria
querendo convencer o padeiro pela doçura
e não pelos atributos disponibilidade e pela persistência
não queria a guerra dos sexos, queria o sexo em franca festa
queria eu, criança, queria eu, a raça de fêmea
atrair pelo cheiro e não pelo jogo
a sorte que suo e que sei do destino
do tempo e dos ciclos
é que vira a noite, e o inverno - a estação das flores vem
e eu vou me arvorar onde o lugar ao Sol
seja mais conforto, e menos custoso
que a clareira estreita que você abriu pra eu crescer
terça-feira, 21 de junho de 2011
uma ode à forma e à delimitação
quarta-feira, 15 de junho de 2011
notas de brincar de notas
sábado, 11 de junho de 2011
la sombra
pq isso me integra, e faz par com a exuberância do belo - que não está a sós nesse Universo.
imunohiperatividade
a felicidade de mostrar um ticket prum amigo, de ver os olhos do amigo crescerem e a excitação compartilhada de terem ganhado um ticket que vale pra coleção também compartilhada; presentear e de súbito o presente piscar a quem faz aniversário um de seus olhos.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
satya
quinta-feira, 26 de maio de 2011
revisando protocolos
o sopro mora
machina: the machines of god
colônia nas férias
indagações inúteis de domingo
quinta-feira, 19 de maio de 2011
A B
domingo, 8 de maio de 2011
Ops! There comes Growing!
but bitter
sábado, 7 de maio de 2011
individuação
domingo, 1 de maio de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
eco
domingo, 20 de março de 2011
A Grande Sacerdotisa
domingo, 6 de março de 2011
Meta x Direção
Disse que a vida é ponte e não o chegar
E que pra se obter a tal da paciência
É deixar o presente respirar
Pra que pôr peso a mais na existência
Se toda pressa só faz demorar?
Você então provou com evidência
Que ter paciência é se dar, se dar"
sexta-feira, 4 de março de 2011
Conexão Dial-Up
"Parabéns, Fulano! Você foi desconectado!"
Logo em seguida te entregam um diploma
Dali a cinco anos cê vai encontrar todo amassado
E junto a certeza de ter algo, na vida
concretizado
mofa e perde a cor como a ilusão
do tempo passado.
Religue-se!
quinta-feira, 3 de março de 2011
Cosmopolítica da Estética Estamental
Ai essa luz do banheiro, deixa o meu botox tão natural!
Estiquei a mão pra pegar o papel, tirei o sutien sem querer
O implante, a cirurgia, parece que trocou o canal na cabeça
por uma antena de tevê
Agora ando na rua, nem sinto a taxa de juros esgarçar o crediário do Tal
O dinheiro do seguro saúde compra panela e avental
Meu marido reclama muito, resolvi economizá-lo, escolher bem
No mundo moderno
É perícia fun-da-men-tal:
Cinescopia, imposto ou sindicato, estou escolhendo pra ver o que fica mais barato
Não entendo muito de política, mas
Tô dando jeito em tudo, seios, mento e braço
Buço e dorso eu passo, mas 1/quartinho de nádega não vai ficar nada mal
Minha life deu um lifting, ficou tudo azul Royal
A verdade é uma mentira que eu inventei pra ficar legal
Na vida a tricotomia é a visada virilha total
na pele que não tem alergia rola com faixa e virilha artística fica
sen-sa-cio-nal
Pelo sim, pelo não, prefiro a sinestesia:
Sarney ou Não-Sarney, ficar bonita me dá mais alegria!
O Quinhão da Velhice
"Os seus conceitos já não servem mais
Pois toda teoria se desfaz
Quem sabe se mudar sua atenção
Tirar da mente e pôr no coração
Destrua tudo o que já aprendeu
Que a vida não se mede por razão
Pois já é tempo de se entregar
E dar ouvidos ao grande mistério
Se você pensa que enxerga fundo
Que todo o seu pensar é total
Tem sempre opinião pra tudo
Mas não entende esse engano fatal"