os ensinamentos dos poderes, quereres e dos nãos - reflexões sobre a carta XI. A Força
posso e devo pontuar as coisas que acho escrotas, injustificáveis e/ou indefensáveis. chulas. pobres. mesquinhas. e se ele não concordar e não quiser ouvir, não é problema meu.
não posso me ocupar de transformar e fazer brilhar e crescer qualquer outro mundo que não seja o meu próprio.
não devo calar quando precisar dizer. não devo falar se não tiver (à) vontade.
não posso evitar a traição, o desdém. não posso obrigar ao respeito. esperar por isso é racional, justo. mas talvez não seja o caminho. eu vou me respeitar. e respeitar os que me respeitam. isso eu posso fazer. ainda acho que o bicho homem é muito digno, com todas as suas fugas e escapes e desculpas pra agir mal. respeito àquilo (que reside dentro de sua própria natureza, centelha divina) que nele faz merecer a reverência.
- isso tudo sim, mas não me cabe abrigar o desafeto, tampouco.
não devo esperar pela bondade dos outros. preciso ser senhora do meu tempo, e esperar é o seu desperdício.
aceito o meu desejo, mas entendo que ele não é a única Lei a reger o mundo que se ergue na minha cara, de frente, e pra fora de mim.
vou fazer por mim. só posso fazer por mim. e vou dar o máximo de mim às coisas que acredito. empresto Força, e me doo, porque sou minha, em primevo lugar.
não vou confundir, prometo, "compreender", com "perdoar" e "aceitar".
apesar da inter-influência entre razão e emoção, declaro não haver ingerência de um sobre o outro. sabedoria é a alquimia de ambos.
> respeitar espaços e divergências. palco sagrado da existência.
problemas intermitentes não tem a força autônoma necessária para extinguir o meu ânimo.
"não com a esperança de que aconteça algo novo, mas para renovar meus conhecimentos com aquilo que já conheço bem. muitas vezes é bonito percorrer velhos caminhos conhecidos".