um vestido branco transparente
dentro uma mulher que dança
dentro de seu próprio largo evasivo aberto delírio
um vestido
explosivo ébrio de giro farto cego
desmedido Ato imanifesto não-regido
autônomo incerto vesgo não-objetivo vivo
giro desvio
sinto suor na testa no umbigo e frio
rodopio rio caio rolo desviro e não acordo nunca
(certo como as coisas que não podem ser ditas, vivo como uma coisa há muito tempo esquecida, objetivo como o mundo em seu umbigo, vadio como arquivo de professor e pasta de empresário curtido, esquivo e covarde como um cavaleiro que abre mão da armadura descobrindo e desarmando o peito que arde, irado como a fúria do vento no rosto dos namorados, terno como um terno Armani sendo passado... com cuidado, previsível como o fato de nada poder ser previsto, transparente como a palma da mão sente o corte lavando na água corrente o chicote, autônomo como um parceiro co-dependente num dia de crise, tudo é tão claro e tão frio que queima e cega, e faz a gente voltar os olhos pro outro lado...)
20/03/2011
nunca vi alguém descrever o paradoxo tão bem, lhee, MUITO foda (e li uns textos abaixo tb q nao tinha lido, mt irados tds (we are doing it right)
ResponderExcluir"certo como as coisas que não podem ser ditas"
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