Vejo em mim o mundo velho e o mundo novo
Homem-partido
Homem-perdido
Homem-divisas
Homem-des- honesto
Homem-des- humano
&
Homem-maduro
Homem-povo
Homem-múltiplo
Homem-Todo
Homem-Mundi: o que leva o mundo dentro de Si, e em quem o Si é cercado de mundos, sem
muros, de porções abundantes e prósperas de uma coletividade sem fundos
Vejo em mim, o Sol – força suprema de vida que dá a vida e a dádiva da Luz, das cores e da
temperatura – e que raia ignorando os vestígios – agora iluminados – do mundo que se
esqueceu de morrer, do mundo que alguém precisa apagar as luzes ao sair, pq são as luzes de
um mundo sem reis que estão para surgir.
...No princípio era o Verbo...
sábado, 3 de junho de 2017
eye mirror
parte I
eu miro
admiro
meu erro:
me vejo
em você
invertido
me iro
e, irado,
me erro
me retiro
(e me projeto)
- me mirro
e pequeno,
um golpe de vista
me reduz a artista
insista!
é o erro
a rota
que leva
ao encontro
do que é certo
parte II
meu erro
é olhar para fora
é não me sentir inteiro
me vejo
no espelho
e me olho
e não sou a face refletida no alheio
recado escrito à batom no espelho do closet
Quando for passar um lápis no olho, meditar sobre:
Uma vaidade que não venha dar às caras pelo apagamento dos
defeitos
Que venha da exposição corajosa do que se é e do que não se
sabe, em contraposição à afirmação insegura e vacilante do que se gostaria de
ser
Que não queira ser de superfícies, expressão inerte de um
lago calmo, sem linhas expressivas. Que seja da matéria impávida das ondas que
se acomodam ferozes no mar aberto – que seja para exaltar a força de vida do
que é natural e nunca para enjaular os traços livres em maquetes tediosas de um
engenheiro burguês
Que do frescor da manhã se adorne e seja uma vaidade
desperta pela promessa das madrugadas
Que não faça elogios à infalibilidade, mas ao dobrar de
joelhos que nos faz humanos
E lembrar:
A mulher fatal é
letal para ela mesma
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