...No princípio era o Verbo...
sábado, 23 de fevereiro de 2013
a ostra e a jarra
se tornou mto importante pra mim, deixar de dar aos outros por hábito, e reservar a mim os detalhes sobre as coisas que vejo. não dizer tudo sobre tudo, mas respirar fundo e pendurar um sorriso silencioso no rosto. muito do que enxergo serve só a mim, porque sou eu a pessoa que mais entende esse modo de observar. concentro essa energia de satisfação em mim por merecê-la. e ofereço aos outros a minha alegria de sentir. e por enquanto, isso me basta. como me bastaria antes me sentir esvaziada se estivesse o outro contente e satisfeito.
agora não, agora é diferente. tenho a mim como a pessoa mais importante do (meu) mundo. e ter a mim assim, perto e íntimo, me faz respeitar a integridade e diferença de cada um que me cerca.
aprender a viver é uma mágica. experiencio com Amor e Devoção à tudo o que vejo, agradeço a mim pela sensibilidade - membrana que reveste a retina, meu caminho, e a Deus pelo Tudo, e pelo Tanto que sinto.
Amém.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
No esquema
Estações onde minha
ansiedade faz parada.
Ansiedade = Um modo de não-valorizar tudo o que se faz.
Ansiedade = Um método próprio pra achar defeitos
Ansiedade = Um vácuo infinito de referências que deviam
estar bem ali
Ansiedade = Uma obrigação, centenas de distração (tp um erro de português involuntário e inocente),
incapacidade de foco
Ansiedade = Falta de vontade de ser alguém interessante,
minuto a minuto
Ansiedade = Todas as opiniões do mundo sobre um assunto ao
mesmo tempo
Ansiedade = Racionalizar Tudo, Decidir Nada
Ãnsiedade
A ansiedade invade as linhas que ainda não foram escritas, e
que por causa dela, é possível que nunca sejam lidas também. Mais possível
ainda sair a autora correndo varrida da vida de todos que um dia amou. Desastres
(sempre) cobertos pelo laudo diagnóstico psiquiátrico. Corria. Pela descoberta
simples de não saber como amar as outras pessoas como as outras pessoas
costumam fazer – umas com as outras. Ou umas sobre as outras. Estou sempre pra fora
da roda sincera da reciprocidade, do mútuo, do abração coletivo. A permanência
me apavora não sei porque. Sou escrava inconteste da minha inquietude de alma.
Não sossego, não passo tempo, desaprendo. Estar viva pra mim é um mistério.
Minha consciência e meu sexo são desertos. Tudo que ali jazia hoje jaz em
movimento incessante e perpétuo. Minhas ações são espasmos agendados, uma
medicação controlada pro mal de estar no escuro, e que é nunca saber o
suficiente, e nunca aceitar de todo o que se tem. É um mal, de certo, e é minha
única posse na vida. De que dou e presto contas. Se eu pudesse dar sentido a
essa ansiedade acho que morria eu antes do findar da frase.
feitas as minhas (palavras)
"Tenho medo do absurdo que é sorrir e dizer "guaraná normal e sem gelo, grata" enquanto se quer dizer "que merda é essa de estar voando se não sou a porra dum passarinho?". Tenho medo porque quando acabar estarei em outro lugar.
Estou sobrevoando, sem inteligência, a água profunda que aprendi a chamar de casa mas também de intervalo. A verdadeira angústia de voar é estar acima da nossa vida."
Tati Bernardi ~ Alto
Estou sobrevoando, sem inteligência, a água profunda que aprendi a chamar de casa mas também de intervalo. A verdadeira angústia de voar é estar acima da nossa vida."
Tati Bernardi ~ Alto
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