...No princípio era o Verbo...

sábado, 16 de julho de 2011

acorda a negligência que a hora já passou

quem olha de fora pra gente não vê o quanto custou nossa vida. às vezes chega dar uma dor, uma dor de rebeldia. sinto que muita gente passa um branco na vida, passa voando loonge sobre a miseria dos fatos, encobre a pobreza dos gestos, essas coisas que a gente vê na rua e que não consegue esquecer, pq revolta a nossa alma. e nós, em quem a alma se debela indigesta, inconforme, mas que não cosegue ser rude o suficiente pra desagradar. essa alma de flor, essa lótus na lama.
nossa história que tem essa marca de sola de sapato impressa por sobre, eles não vêem o solo quando pisam, minhas irmãs, eles nâo vêem.
pq se alguém me diz que pelo menos 1 olho desse indivíduo, desses tantos que passam pela nossa vida e massacram e torturam nossa intimidade, se 1 olho deles vê a si próprio e ao mundo, acho que entrego os pontos. me dói saber, contra a permissão de Deus, que a consciência só pode comportar o que viveu. me dói pensar que o que eu vivi fica encadeado dentro de mim, no máximo suavizado pelas palavras, maquiado nas rimas. não vejo problema na arte, aliás é o que na vida mais se aproxima do que não pode ser dito, é ela a grande salvadora. a heroína do esquecimento e da repressão. que trás à tona o peso efetivo das experiências da vida. dentro dos eu's.
meu irmão... meu querido. sei que todos nós temos nossas dores. mas vamos pensar mais de uma vez, uma vez mais, antes de agredir. vamos pensar três vezes três vezes antes de apontar o dedo na cara do seu conhecido. procura te lembrar que a única coisa que você realmente tem pra provar dos outros é a sua experiêcia. uma experiência que é só sua. que aquele corpo bem na sua frente, aquela mente, tão próximo, tem uma vida inteira pro outro lado, uma vida que você não conhece.
voce não sabe quando insulta onde vai cair a sua ofensa. você não sabe. lembre-se disso.

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