...No princípio era o Verbo...

terça-feira, 18 de julho de 2017

abraço-laço

O que solta e o que ata
Vem da mesma
desenvolta
couraça

sábado, 3 de junho de 2017

Vejo em mim o mundo velho e o mundo novo

Homem-partido

Homem-perdido

Homem-divisas

Homem-des- honesto

Homem-des- humano

&

Homem-maduro

Homem-povo

Homem-múltiplo

Homem-Todo

Homem-Mundi: o que leva o mundo dentro de Si, e em quem o Si é cercado de mundos, sem

muros, de porções abundantes e prósperas de uma coletividade sem fundos


Vejo em mim, o Sol – força suprema de vida que dá a vida e a dádiva da Luz, das cores e da

temperatura – e que raia ignorando os vestígios – agora iluminados – do mundo que se

esqueceu de morrer, do mundo que alguém precisa apagar as luzes ao sair, pq são as luzes de

um mundo sem reis que estão para surgir.

eye mirror




parte I

eu miro
admiro
meu erro:
me vejo
em você
invertido
me iro
e, irado,
me erro
me retiro
(e me projeto)
- me mirro
e pequeno,
um golpe de vista
me reduz a artista

insista!
é o erro
a rota
que leva
ao encontro
do que é certo



parte II

meu erro
é olhar para fora
é não me sentir inteiro
me vejo
no espelho
e me olho
e não sou a face refletida no alheio

recado escrito à batom no espelho do closet

Quando for passar um lápis no olho, meditar sobre:
Uma vaidade que não venha dar às caras pelo apagamento dos defeitos
Que venha da exposição corajosa do que se é e do que não se sabe, em contraposição à afirmação insegura e vacilante do que se gostaria de ser
Que não queira ser de superfícies, expressão inerte de um lago calmo, sem linhas expressivas. Que seja da matéria impávida das ondas que se acomodam ferozes no mar aberto – que seja para exaltar a força de vida do que é natural e nunca para enjaular os traços livres em maquetes tediosas de um engenheiro burguês
Que do frescor da manhã se adorne e seja uma vaidade desperta pela promessa das madrugadas
Que não faça elogios à infalibilidade, mas ao dobrar de joelhos que nos faz humanos
E lembrar:

A mulher fatal é letal para ela mesma

terça-feira, 23 de maio de 2017

humanidade em gotas

Vida, humanidade e arte. 
Como é natural para o ser simbólico se lambuzar com as tintas das formas e querer se ver ali, ver um fragmento, um fotograma da sua identidade caleidoscópica, mutante, e insondável. É quase um entretenimento do espírito. Ver-se no que produz, ver o que oculta, conhecer-se no que mostra, conhecer-se ainda mais naquilo que não expressa. Está no homem uma gota do Grande Mistério.

Botando a bola no quadrado.
... O quanto quis botar minha humanidade em uma taça de cristal para brindar com pessoas desimportantes. O quanto escorri o meu valor por pessoas que não valiam a pena, decisões frágeis, relacionamentos sem futuro. O quanto ser comportada é um perigo para a alma. Ser ideal. Ser uma projeção da imaginação de mentes que não são a minha me fazia uma lembrança tênue da minha carne. Da minha verdade, do que há de Alma no animal em mim. A briga não deve nunca ser com os instintos. Os instintos devem ser amados como parte saudável do todo que eu sou.
O olhar de desconfiança deve ser dirigido ao que bloqueia, ao que cerceia, quer maquiar. As coisas não belas que estão no espírito são portas, são fontes de aprendizado. São rotas que ainda não foram tomadas. O começo de uma lapidação. Não há nada de errado nunca com o que se é. Apenas com o que fazemos conosco quando tentamos ser. E quando queremos que o outro seja. Ponto.

Super Ar.
Curar um padrão não é um processo de martelar, de auto-flagelação. Ela vem pela luz incandescente da verdade, da clareza, do entendimento real. Não é uma luz vaga, de brilho indefinido, em meio a penumbra. Quando você vê, você sabe que viu. E não restam dúvidas. E você muda como consequência natural de ter visto.

JÁ Consumidos & JÁ Consumados

Quem sou eu