...No princípio era o Verbo...

sábado, 23 de maio de 2009

lo.qua.ci.da.de metafísica

- tipo deixar a hr de estudar chegar e esquecer de avisar
então vc tem que sair subitamente
ou um amigo que chega em (nossa ) casa e só nos mechemos pra frear a conversa subitamente na hr q ele chega
os estudos estão lá esperando e o amigo tá quase cansando de nós
pq nós ficamos aqui o tempo que as pessoas somam durante uma semana de conversa...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

viagem da bo(ss)a

antôniO_ diz:
*eh
*irado
*cara
*vo jantar sussanamente


*Ágape * diz:

*vai com amor

* Ágape * diz:
*"O ágape recebeu um uso mais largo pelos escritores Cristãos mais antigos como a palavra que denotou especificamente o amor Cristão ou a caridade (I Coríntios 13:8), ou mesmo Deus ele mesmo (I João, 4:8, agape do ein de Theos do, Deus é amor)."
*eu até consigo entender q o ágape possa ser compreendido tbm em termos de caridade, mas dizer q o amor incondicional corresponde a caridade, pqp, bem idioticamente simplista, bem carinha do cristianismo mesmo
*catolicismo, especificamente
*mto foda tbm o q jesus diz sobre quais sao seus mandamentos fundamentais
*absolutamente simples e compreensiveis, realmente consigo enxerga-los como sendo algo inerente a natureza divina
*q eh 1) amar no sentido do amor incondicional, deslumbrado, o amor entre iguais, como tbm o amor incondicional que compreende e acolhe o diferente, e o amor-próprio... na passagem diz literalmente em outros versos (sao soh palavras dentro de seu jogo sintatico, right?): "Amai (ágape) ao senhor vosso Deus com todo vosso coração e com toda vossa alma e com toda vossa mente”
*e 2) o classico amar ao proximo como a nos mesmos... q, sei la pq, por uma questao q me parece quase didatica, separaram em 2 mandamentos
*mas o 2o me parece parte do 1o... mas mtos fanaticos religiosos soh consideram o amar a deus com todas as visceras, sem a compreensao clara de q idolatrar a deus e todos os seus feitos prodigiosos, significa nos levantar, e sermos nós tbm nossos deuses, seres potentes, amarmos tbm a nós mesmos e à todos q compartilham a benção da vida.
ando mto profetica ultimamente, mas acho q vc consegue abstrair os nomes
*essas subitas compreensoes do q todas as religioes buscavam falar (caindo sempre no mesmo engano da linguagem excessivamente elaborada, q passa a exprimir a sombra da sombra de um protótipo de significado q soh poderá ser enxergado sob luz plena, nunca sob penumbras q acabam ocultando-o - o significado. ---meu deus a viagem tah profunda hj, fudeu)me deixa sem palavras. parece q eu sou uma criança e descobri um monte de doces q completam meu mundinho existencial infantil
*chego quase a me divertir com o pensamento de q talvez se eu nao tivesse relativizado tds as verdades q me foram apresentadas ateh agora, se não fosse mto dada a abstração, possivelmente nunca conseguiria compreender esse laço entre os intentos por trás da prática ou da expressão dogmática
*das religioes
*sempre ficaria vislumbrada ao começo, descobrindo coisas q fazem sentido na teoria, e logo profundamente desapontada a cada final de estudo... pq eu teria incutido nelas (crenças religiosas) um cargo mto precioso q eh o da verdade, e a verdade sensível nunca caberá dentro de dogmas universais e frases imperativas. a verdade eh a abstração máxima das coisas, é a essência última delas, sem máscaras ou nominações
*e a isso eu tbm tenho chamado de deus, ou percebido como "o q de deus há nas coisas"... odeio ficar repetindo "coisas", mas acho q a palavra crua serve melhor nesses casos
*PQP pode me bater depois desse monologo
*mentira nao pode não pq eu tbm te aturo
*UST

domingo, 10 de maio de 2009

Sobre o brilho e as dores do Mundo

eu fico boba quando eu vejo a relação da minha mãe com a minha gata (e vice-versa)... quando elas se olham, alguma coisa acontece, há alguma partícula que as duas dividem que faísca em seus corpos quando se reconhecem os olhos. o mágico mesmo é que enquanto trocam esses olhares, parecem estar preenchidas de um sentimento que somente elas compartilham, e do qual o resto do mundo não participa e não está nem ciente de que existe, que dois seres diferentes podem comungar o mesmo mantra... quando elas se olham é tão sincero, que quase dói lá no fundo a certeza de que não há honestidade maior do que a que compartilhamos com esses seres, tão diferentes de nós. e não digo somente dos gatos, digo de todos os animais que nos olham fundo, através de nossas carcaças perecíveis, sem a menor consciência de estarem nos despindo, e com a súbita inocência de criança que só sabe ler o sensível, só sabe ler o óbvio. pq sim, é preciso entender que nossa linguagem é por demais complicada pra que possamos dizer, ou ser algo que não seja dubio, ou paradoxal. somos bichos imensos e imponentes, resignados ao sapato apertado da métrica, isso nos faz espécimes complicadíssimas... e os nossos companheirinhos não vêem isso, eles não nos julgam. e é por isso que penso haver entre nós e os demais animais do Reino, uma espécie de equilíbrio, pois quando nos relacionamos com eles, voltamos em pequena medida a falar a língua de deus *, a língua que não está nas impressões recentes da bíblia, a língua que o nosso povo esqueceu... e isso nos trás um pouco de volta pra perto do que realmente somos, quando ficamos encantados com o quanto de amor podem nos dar esses conterrâneos de peculiar fisiologia...
quando vejo a Bel e a minha mãe se olhando, eu penso em tudo isso. e mais ainda em uma passagem do clássico do Milan Kundera (A Insustentável..) que falava mais ou menos que o verdadeiro grau de bondade do homem, só poderá ser medido no seu relacionamento com os que não demonstram força, ou indicam perigo: os demais seres vivos... nunca poderá ser dito bom um homem que ajuda somente àqueles dos quais sabe que irá tirar algum proveito mais tarde. não existe bondade com quem você mede forças. seja um affair, uma ex do seu atual, ou whatever... dificilmente haverá bondade pura entre os homens, com seus desejos e intentos tão sofisticados... a bondade é gratuita, aparece sem preço de custo, ou juros! e há em nós, uma grande gama de interesses, ao qual o mundo está subjulgado em nossas sinapses, e assim fica difícil, realmente, nos doar a qualquer outro... e do jeito que as coisas andam, se olharmos, como Milan o fêz, para o mundo em que nascemos e o mundo que estamos deixando, tão porco, tão podre, tão violento, é impossível evitar o sentimento de que algo saiu errado...
das árvores que colheríamos o alimento, fizemos tábua para nossos móveis, e papiro pras nossas assinaturas; dos animais que fertilizariam esse solo, ou daria-nos leite, ou ovos eventualmente, tiramos logo a carne, a pele, o osso, o tutano pra fazer creme de cabelo, até que aquilo não pareça com algo que um dia teve vida... e é assim que eu imagino a Terra, momentos antes de as deixarmos, seca, pelada - ficou que só os galhos, coitada - rachada feito o solo do meu sertão... tanta gente viveu nesse mundo, e lutou, e deu a vida a essa luta, pra que deixássemos a nossa casa assim, marcada pra morrer; pra que deixássemos a vida com medo do que pensar da vida que deixamos pras crianças viver... eu me envergonho, me enveneno, até, desta verdade, honestamente. e essa vergonha cresce a cada dia, meu tamanho meu corpo físico lúdico gasoso, meu mundo, meu Universo Inteiro se reduz a cada dia... todo dia acordo um pouco menor, um pouco mais curvada, com mais rugas... e me sinto cansada... e fico pensando até quando... até quando, meu deus, eu vou acordar com o peso do mundo desmoronando sobre as minhas emoções... é possível envelhecer com isso guardado?
eu quero viver pra ouvir o ronron dos gatinhos, e a mágica composição do canto dos passarinhos, e ver o sol nascer, e morrer, todo dia, sem pensar que a minha espécie está destruindo tudo aquilo que eu amo...



* por favor, queiram entender aqui que "de deus" não se trata SER BOM, MORALMENTE VIGOROSO, ou DOGMATICAMENTE ACEITÁVEL, me refiro simplisticamente ao que é da Natureza, não me importam muito os nomes...




Lui diz:
*dps te mando o link se quiser
*mas eh mais um dakeles textos reclamando da vida
Dani diz:
*mande
Lui diz:
*eu preciso dessa terapia, eu acho... pra continuar vivendo. pra nao ter q cuspir tds essas coisas na cara das pessoas
*pela minha paz de espírito talvez...

domingo, 3 de maio de 2009

a espera

espero. convido minha sensibilidade a perceber um porvir. a espera é muito insegura, entende, depende da confirmação de que de fato, algo está por vir...
- eu espero que estejam todos bem, espero que entendam...
a espera é encarar abismos, você sente, não sente? prenúncios de um chão conhecido contra o qual acredita que irá se chocar, lá na frente?...
a espera é, ao mesmo tempo, a constatação da falhabilidade dos projetos, dos métodos. você espera, com a visceral certeza de que é impossível de ser alcançado. e por ser inalcançável, você espera.
caindo, caindo, cada vez mais fundo na experiência de se estar caindo, caindo... a espera também é queda. a espera também é perder as referências. aguardamos, reticências, vazios de nós mesmos, inundados na metalinguagem. a espera é metalingüística, eu digo. só se acham as tais referências dentro dela mesma.. em um instante ela simplesmente existe, no instante seguinte é a revisão, a releitura de sua condição de espera. estou consciente da consciência. estou esperando, e conheço a profunda sensação de se saber à espera. não há indícios do objeto esperado, e no entanto seguimos buscando e crendo que talvez não hoje, ou agora, ou na próxima esquina, mas seremos plenos, em algum momento, em algum dia de nossas vidas.

~

acho que cabe aqui um pedaço de algo que escrevi há algum tempo, sobre a espectativa, esperança, ou espera - como quisermos chamar.

mas ainda jaz um mal na caixa de pandora,
e as pessoas sabem. não sabem que sabem, muito embora.
mas sentem no peito que algo coça e incomoda,
percebem também, que esse peito já não comporta
o que nós, humanos, guardamos sem saber da nossa hora
sob o risco do padecer de nossos sonhos.
- a espectativa, mil demônios,
trata de nos manter insones, crédulos
à espreita de uma estrela que já morreu a 100 mil anos.

chove

sobre a chuva, sempre tive esse mesmo sentimento sobre ela.
desde que sou pirralha, me lembro eu, uns 6, talvez 7 ralos anos cheios de auto-consciência, correndo direto pro playground, durante aquelas chuvas fenomenais de verão. dia quente, bafo subindo dos azulejos cinza do play, e aquela aguaceira maravilhosa, gelada, caindo na minha cara infantil de satisfação e desejo contemplado de criança.
sempre que chovia, era a mesma coisa!
não me espanta que seja assim até hoje. que a menina de cachinhos dourados tenha apenas engordado alguns kilinhos e começado a fumar cigarro - coisa que nunca deveria ter feito!
mas não se engane quando falo assim da chuva, leve e quase etérea. meu real sentimento sobre ela não é divertido ou recreacional, é com muita seriedade que vejo as nuvens crescerem, juntarem-se a outras, e precipitarem. com certa reserva talvez... sinto-me um indivíduo da idade média, antes da Virada Copernicana, que contempla esses fenômenos e simplesmente congela.
como não tremer diante da magnificência não só da chuva em si! dos trovões, dos resmungos gravíssimos que se ouve "do andar de cima" quando os vizinhos não estão lá muito felizes... como não se sentir pequeno, e desimportante, perto dessa água indolente que cai do céu no meio do seu feriado? assim, sem que nem ao menos pudesse ser prevista pela Metereologia...
e ao mesmo tempo, mesmo que seja na Violência em quem residem as tempestades, a chuva consegue fazer a gente olhar pra dentro. - e olha, ela tem mãos delicadíssimas!
a chuva faz ver como chovemos todos nós, ao avesso. e que todos temos escuros dentro da gente.

as pessoas odeiam os pingos que encerram seus domingos, porque precisam não olhar pra dentro. precisam permanecer os mesmos, imutáveis, inassombráveis, e imbatíveis.
na verdade, as pessoas... não sabem de seu tamanho.
agem com o Ego, nunca com o Self, e não sabem aceitar esse nosso corpo multifacetado. não entendem a dança, a música, a espiritualidade... querem raciocinar o mundo!
e é só olhar pra cima, aquele teto-preto se fechando em cima do terno Armani... e entender que seu intelecto não te salva da chuva, como também do vento, ou do frio. e desse karma, correm pra casa... a Natureza é inalienável.
nós não.

JÁ Consumidos & JÁ Consumados

Quem sou eu