...No princípio era o Verbo...

sábado, 31 de março de 2012

alfabetizando

solidão é quando falta gente dentro da gente
auditório vazio de mim
é quando o ato acontece com o personagem ausente
e os sons ecoam refratários e reincidentes
no oco do coco

a auto-consciência
é o instante de punhos cerrados
quando perde sentido o soco

quinta-feira, 15 de março de 2012

O Cerno Mundo

Meu G-i-tinho único de ser mtos, meu jeitinho rraro descabelado com tantos traços. Meu jeito de ser algo móvel, pra cima e pra baixo. um ser ou dois seres, não sei quantas veses faço. num firme compasso – o cum passo logo atrás, o atrasado. Pra frente pra sempre o tempo lateja, nu presente. Sinto um aperto: a sola é muito perto do resto do sapato. Sou meio sou cheio sou régua e compasso. Um terço de seres célebres, uma taça pros poetas mal empregados (dividirem). O cenário, um celeiro. Um terceiro quinto mundo lutando pra escapar inteiro; um mundo de igualdades mal medidas, e de muitas sedes verdes, coloridas, todas inventadas. A solução mais pedida, pra um esposo aborrecido, à meia-noite serviços gratuitos (incluídos) que servem sexo igual rodízio. Enquanto com vida o home convida a tristeza à Cia, eles falam da vida com peso de morte, e da morte com mais peso ainda. Ai essa humanidade quase sempre convencida!, prefere confiar na sorte que tecê-la dia-por-dia.
Eu, um sujeito sem bolsos e sem porte legal de soluções na carteira. Eu, a experiência que caminha sem pressa as velocidades da vida na esteira.

Quem sou eu