Se não entro de sola, a porta dos fundos é minha
É meu o elevador de serviço, e a preta que volta das compras Entram por mim
as criancinhas
É minha a bancada da burocracia, os papéis que legitimam a vida
dos que passam
Passo Eu, levo o perfume dos anjos
Sou estátua branca, recauchutada dos tempos da Ágora
minha cor já foi lavada pelo passar dos meus anos na batalha,
e no lodo
Eu Sei de onde eu vim, sei com o quê me fiz
presente dos três Reis, a erva que permite a passagem
pro 6
Como é embaixo, assim é emcima
Desbotada, as cores todas dos sete Arashas refratada
minha arma
é uma espada de fogo vermelho
cor de sangue, do líquido que corre por todo o corpo
Santo, O meu invólucro
escolhe e opera, tem vontade
mas espera e não guarda em si nada
não toma algo
que não seja
Água, Amor, e
a bendita Palavra armada
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