aquilo que me leva a não encarar meus abismos, e a não cumprir com meus compromissos, contêm a mesma substância: o não querer.
nada.
nem que seja de graça, nem que não custe nada,
falar, assistir ou buscar.
não quero dizer não, nem me impor, muito menos "dar um jeito". meu desejo, e minha prática, tem sido abandonar tudo mal-feito, e depois disso, nem alçar um segundo olhar, abandonar e só.
e deixar pra lá.
espero algo do meu entorno que nunca, nunca vem. e eu não espero dentro de mim, nem espero junto a alguém, espero lá fora, desertora, estrangeira, e tolamente desperdiçada.
dentro, o sujeito contraposto ao seu meio, repousa um vácuo quente e úmido, de sentimento fermentado (de puro desgosto aguado!) acabo que deixo um monte ao acaso, sem ter o mínimo de cuidado - principalmente com o que falo -, e escuto as outras falas tagarelas, verdadeiras epopéias narradas, e no fundo uma certeza seca de que todos tem tanto nada a comunicar quanto eu.
...No princípio era o Verbo...
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
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todos tem tanto nada a comunicar quanto eu.
ResponderExcluirensinados a ter que manusear conceitos nem-um-pouco-particulares? TEMOS QUE INVENTAR UM IDIOMA, LHEE