amanheço nublada.
pré-vejo chover muita água, eu digo,
uma chuva de verão nos braços da primavera aguada,
verter minha água, meus pingos pesados
sobre os guarda-chuvas, os rostos
e sobre ar-condicionados
são 3 da tarde
e eu já bati em retirada
em direção às nove horas,
que é o horário onde minha nuvem mora
parada
e como todo homem que chove
se precipita,
como todo poeta que sofre
o sofrimento lapida
em versos
não estou nunca aqui, presente
é que a chuva que aumenta
só aumenta meu desespero corrente
e ao final
da poesia
- o temporal -
(essa sim!
filha de seu tempo),
encontro-me fina(l)mente
desperto
: a nuvem esvaziada
e o pensamento completo.
...No princípio era o Verbo...
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
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