fico me perguntando quanto tempo somos capazes de viver em movimento pendular, entre achar que alguém merece o mundo, e achar que ninguém no mundo te merece; entre se perder nos mistérios de quem a gente gosta, e perder o que a gente gosta nesses mistérios...
por que tudo invariavelmente acaba em silêncio e tédio? não somos tão vastos? o que será que me corrompe a visão, vez em quando? que não vejo em nós essa nobreza de ser incompleto, essa grandeza de nos refazermos e reinventarmos? onde está a beleza da nossa limitação?
aonde eu perdi o glamour do fracasso que eu não consigo achar?
eu às vezes só vejo uma montanha de equívocos e confusões, e tentativas desesperadas (não belas, só honestamente descontroladas) de fingirmos que somos serenos e seguros.
a vida é uma tentativa fracassada de produzir sentido, estando mergulhado na falta dele.
cadê o mundo colorido prometido pela nova era dentro de mim?
acabou o inverno e cadê minha fantasia de primavera?
...No princípio era o Verbo...
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