sinto que cedo ao menor estímulo que me prestem, vejo um sorriso, vejo um aceno, e me aprumo vou à flor de mim mesma, me exalo pelos poros. quero perfumar o jardim, sussurrar poemas ao pé do ouvido dos amantes, sem o peso de fazer sentido, apenas com o intento de se ser, sentindo.
não preciso de quase nada para me revelar, tenho uma tendência a cair de joelhos, e tropeçar sobre meus próprios cadarços-emocionais, me enovelo com facilidade se me dão corda. sou péssima sem uma platéia.palhaça aposentada. sinto que me adorna uma certa maturidade senil, já perdi o brilho da pele, e o vigor do meu corpo, sou fraca, suscetível aos abismos. já não consigo nem quero me enfeitar para a mim, quero fazer dos outros as vítimas do meu olhar cheio de sombra e de pó de arroz. a maturidade, ao contrário do que dizem por aí, não é caduca e rígida, ela já se cansou desses jogos mundanos de representações, cansou dos papéis, burned the plot, ela quer ser uma coisa outra além de personagem, ela quer fugir do roteiro e arrastar as letras impressas na folha como que bola de ferro atrás de si, até que se tenham ido todas palavras. a maturidade quer desconstruir. ela não quer mais ser alguém. ela só quer algo que não seja constrangedoramente humano.
...No princípio era o Verbo...
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whaz da meaning o'life?
ResponderExcluirintenso rs
ResponderExcluirbj bj