...No princípio era o Verbo...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

de cor

uma certa angustia me atravessa agora
sinto meu coração se espremer
antes tão solto, tão breve e tão contínuo
e agora com peso de eterno, bate
mais do que bate, ressoa
está
tem peso de eternidade mas é perecível
tanto quanto nós mesmos, pra fora do nosso coração
meu coração me mostra o quanto não lhe servem os conceitos da mente
q por tanto tempo estiveram confusos nos seus pulsares brutos
não é papel do coração medir, luiza
cabe ao coração ser medida de algo muito maior
é isso que precisas aprender comigo
precisas reaprender o valor das coisas sem medi-las
precisa saber as verdades sem consultar a idéia de valor
a lista de valores que constam no sistema
nem tudo cabe na mente, querida,
e é por isso que há algo tão despretensioso
e de tão despretensioso tÕ GRANDE no nosso corpo
que é nosso
e é inteiro
não está dividido
coração e mente se fundem no Agora, se entregue ao peso dos dedos ao respirar pesado
contente-se com o pai gritando no telefone, não ache bom, só experiencie
não ache opinião ruim
só ao invés de Achar, encontre o que move essas opiniões
o que passas agora tem reverberação cósmica, não é só da luiza
mas luiza, veja o tamanho de sua cruz agora, olhe rapidinho pro passado, sinta-o
sua cruz comporta a cruz do mundo pois seu coração é do tamanho do coração do mundo
e essa pureza não te é POSSIVEL perder
pois já foi conquistada
e é em função dela que seu agora se desabrocha de maneira tão suave
é seu coração, luiza, o que vc busca não é a você mesma - até pq não há como se buscar tal coisa - o que buscas é a consciência interior de que nada existe fora da Consciência

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