...No princípio era o Verbo...

domingo, 13 de dezembro de 2009

mensagem do mundo onírico

nadar nadar nadar
sucumbir
à beira da praia.
acumular tarefas responsabilidades e papéis pra interpretar e introverter pra depois passar correndo por isso tudo abanando um lenço velho cor de rosa, que diz tão somente, tão óbvio, que não volto cedo pra esse mar de projeções vacantes, culto da personalidade
eu abandono,
eu não volto
e permaneço descontente.
e não vejo sentido em minha jornada pra fora disso que convencionou-se minha vida. minha vida, uma sensação sempre estrangeira, de que se completa e se esvazia, se esgota, a cada porto, chegada, saída
a cada pessoa que entra, e que some em minha memória, buraco-negro de mim, pronde vão todos os caboclos, todas as teorias, as práticas, o desejo de se consumar a todos e tudo no meu espirito aqui-e-agora, eu não sei esperar, e por isso eu corro e saio voando, batendo as minhas asas feitas de fios de pensamentos, feitas de neuronios e neuroses, e penas de pássaro imigrante, eu sou a mistura de tudo o que eu vejo de lindo, e tudo que não posso assimilar de tão grande, recipiente transbordando de água, água salgada água doce, meu canal é incipiente passam fios de sal, fios de açucar um por vez. a única coisa é certa ou sou eu que fujo da água, ou a água foge de mim, das duas formas permaneço eu,
esgotada, intensa, e pra sempre sem nada nas mãos.

2 comentários:

  1. uau, adorei. no inicio me perdi um pouco mas o final é super esclarecedor. me encontrei e senti isso com voce.

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JÁ Consumidos & JÁ Consumados

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