difícil falar a língua da gente aqui de baixo,
é preciso deixar um monte de coisas
que fazem sentido
de lado...
difícil
disfarçar o sorriso,
e se permitir ser medido
por preconceitos analógicos
é preciso não suportar a doçura,
e a culpa...!
é preciso não pegar com as mãos
o sofrimento que for causado,
é preciso ser antiético e bruto
porque sensibilidade já é passado
precisamos negar
o que nos enche os olhos
e que não é consumado
(pelas idéias da razão),
o que nossos dedos não tocam...
a vida, aqui,
é um pote de ração.
((não foi o tédio aquilo lá que nós matamos,
- ali na esquina, a arma sob o pano -
nós matamos a Deus¹,
[com a nobre consciência, pungente]
com os nossos próprios indicadores de humano,
e nosso mórbido medo,
latente.))
¹ matamos à idéia de Deus, como é contextualizado pelo Nietzsche em alguma página de O Anti-Cristo (talvez). matamos o Deus-criador-dionisíaco (coisa que a Igreja Católica tratou de sincretizar e transformar em um Deus moralista babão), e agora nos impomos o castigo da religião martirizante e saímos em expedições auto-flageladoras rumo à nossa vida superracional: morrer trabalhando, ou morrer tentando.
óbvio que ele não diz isso com essas palavras, só estava tentando situar o leitor. ajudas nesse sentido sempre serão bem-vindas, ok antônio?
um beijo pra seilá quem que pode estar lendo... =)
...No princípio era o Verbo...
sábado, 11 de abril de 2009
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tuas palavras ..... lindas palavras.
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