...No princípio era o Verbo...

sábado, 3 de junho de 2017

recado escrito à batom no espelho do closet

Quando for passar um lápis no olho, meditar sobre:
Uma vaidade que não venha dar às caras pelo apagamento dos defeitos
Que venha da exposição corajosa do que se é e do que não se sabe, em contraposição à afirmação insegura e vacilante do que se gostaria de ser
Que não queira ser de superfícies, expressão inerte de um lago calmo, sem linhas expressivas. Que seja da matéria impávida das ondas que se acomodam ferozes no mar aberto – que seja para exaltar a força de vida do que é natural e nunca para enjaular os traços livres em maquetes tediosas de um engenheiro burguês
Que do frescor da manhã se adorne e seja uma vaidade desperta pela promessa das madrugadas
Que não faça elogios à infalibilidade, mas ao dobrar de joelhos que nos faz humanos
E lembrar:

A mulher fatal é letal para ela mesma

Um comentário:

JÁ Consumidos & JÁ Consumados

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