Quando for passar um lápis no olho, meditar sobre:
Uma vaidade que não venha dar às caras pelo apagamento dos
defeitos
Que venha da exposição corajosa do que se é e do que não se
sabe, em contraposição à afirmação insegura e vacilante do que se gostaria de
ser
Que não queira ser de superfícies, expressão inerte de um
lago calmo, sem linhas expressivas. Que seja da matéria impávida das ondas que
se acomodam ferozes no mar aberto – que seja para exaltar a força de vida do
que é natural e nunca para enjaular os traços livres em maquetes tediosas de um
engenheiro burguês
Que do frescor da manhã se adorne e seja uma vaidade
desperta pela promessa das madrugadas
Que não faça elogios à infalibilidade, mas ao dobrar de
joelhos que nos faz humanos
E lembrar:
A mulher fatal é
letal para ela mesma
Trés bunito
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