SOU,
o homem enxerga o abismo que a auto-consciência lhe deixou,
nu em frente ao espelho, as estradas turvas
que a natureza confeccionou,
entende a dicotomia que Deus
à existência condenou
saber que a vida é a promessa da cova,
aberta e exposta,
ao sol que já pousou;
que viver é lavrar o solo infértil
esquecendo o destino que já o lavrou.
SOUL, a alma mesmo,
de homem-bicho que se sente inteiro,
a buscar o motivo (escondido)
de se viver a vida a esmo.
viver é preencher o intervalo intrépido
entre despertar e esmaecer, completo.
Retomando o assunto do post "a espera", e relembrando um comentário do Zi sobre a própria espera, que diz:
A consciência vem de esperar. Já viu algum animal esperando? Esperamos pelo tempo e o tempo dá-nos a morte.
...No princípio era o Verbo...
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