
estando tudo o que é necessário presente. não entendo como a complitude pode ser defacto, defecta e tão, tão randômica...
não qro escrever coisas tristes, quero só escrever coisas de verdade (coisas que começam ou terminam com "não"), das verdade que a gente sintam, na escala de 10 à 1.
são verdades excêntricas as que me assaltam agora, quase 5 da madrugada, a essa hora, e que talvez amanhã já se tenham ido, já tenham ido embora...
dizem as línguas portuguesas que "embora" é um jeito (des)contraído de dizer "em boa hora", por mais que pelo o que sei da vida, ir embora de onde estamos bem nunca é ir de bom grado. eu não queria ter vindo embora do coração do meu Cerrado, se os Normacultores da nossa amada língua me permitem essa colocação um tanto contraregrada, afinal eu pessoalmente nunca fiz na minha vida, das normas, uma entidade a ser louvada. a minha existência, ao contrário, é largada, e meu itinerário é Tudo - e também um pouco vago.
quando eu digo a vocês, todos, Normacultores e Semeadores dos mais variados, que eu não gostaria de ter voltado
é que esse lugar aqui onde eu vivo, agora eu sei! melhor que se apenas tivesse ouvido (de um Preto Velho, quem sabe...), que meu lugar não é no Rio.
talvez seja isso, agora eu digo
em voz muitíssimo alta, pra (a) mim mesma ouvir, pra que todas as microcélulas e moléculas inteligentes do meu corpocosmos possa introverter, gentilmente, que
o meu lugar não é aqui.
e eu não sei onde o meu lugar é.
só sinto que não caibo, cada vez encaixo menos nesse molde-de-modelar-caminhos-amenos, cada vez desejo com mais força não-estar aqui, ou estar-aqui, com mais força. não-estar soterrada de informações que confundem o meu espírito que in natura é super tranqüilo... sei que me dói sentir que não tenho forças pra pôr cores nesse mundo tão lívido, mas me falta alguma competência, uma inspiração, me sobra muita vaidade (enrustida), e meu não-caber se transforma logo num discurso medíocre de verdade mentida, e esse discurso diz que eu não preciso viver na cidade, que posso tranquilamente viver escondida, no meu mundo,
dentro de um sofá velho de veludo vermelho-sangue, inundo de curiosidades desimportantes, dentro deste que é verdadeiramente o MEU mundo.
o que chamo meu Lugar (por auto-piedade ou por orgulho!) é no braço desse sofá, dentro do furo,
é dentro do cigarro - é o tabaco -,
é o buraco, bem na borda do cinzeiro, o meu Lugar é algo entre o rodapé e a porta, é quieto, é inteiro, e ferve com seu jeito sossegado;
é algo que eu preciso achar: não só agora que estou no Rio, preciso buscar, sim, em Tudo o que for lugar.
madrugada: o cativeiro do ócio... hahahaha muito obm marcador... e cara, me vi olhando pro rodapé encontrando a porta, sentado na sua cadeira do computador... life, oh life... ooohhhh liiiife
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